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Vamos brincar de massinha? Quem aqui concorda que massa fresca caseira é ainda mais gostosa que a seca comprada no supermercado (há marcas e marcas…)? Além de ter outra textura e outro gosto (sim, é bem diferente!), ainda permite deixar a imaginação solta e personalizar nossas massas de macarrão como der vontade. Dá pra adicionar à farinha de trigo especiarias como a cúrcuma ou ainda espinafre ou beterraba em pó para massas coloridas; dá para incorporar sucos de vegetais frescos como a cenoura ou a ora pro nobis embelezando e deixando mais nutritiva; depois, brincar com formas e fazer espaguete, talharim, recheadas… vai por mim que é delícia!
Muito simplesmente, a básica mistura de 100 gramas de farinha de trigo e 50 gramas de ovo (1 unidade) faz um bom macarrão. Há variações de proporções e receitas que levam só gemas, ovos inteiros e mais algumas gemas, uma parte de farinha de trigo e outra de semolina, um fio de azeite para ajustar a umidade e por aí vai. Via de regra, a mistura para massa não leva sal, já que este ingrediente vai na água do cozimento e no molho que acompanha o prato. O que fiz de diferente na massa que lhes apresento hoje foi integrar à mistura 1 dente de alho bem grandinho, sem o gérmen (aquele miolinho que não é tão bom para a digestão) e tão amassadinho que virou purê. E para conseguir a umidade necessária à maleabilidade da massa fresca acrescentei azeite de oliva aos poucos. A quantidade depende do humor da farinha de trigo no dia, não há medida, só a dica de incorporar aos poucos. Depois de integrar os ingredientes, sem sovar, é importante deixar a massa descansando e relaxando o glúten por 30 minutos na geladeira. Recapitulando:
- 100 g de farinha de trigo
- 50 g de ovos (1 unidade)
- 1 dente de alho sem gérmen amassado em textura de purê
- q.b. de azeite de oliva extra-virgem
Essas medidas rendem um prato farto ou duas porções educadas, depende da fome do vivente. Eu decidi personalizar essa massa a partir das lindas imagens que surgem quando se digita no Google « pasta with edible flowers« . Trata-se de comprimir entre duas lâminas de massa algumas pétalas de flores comestíveis, pressionando-as com a máquina para macarrão ou com o rolo até que as pétalas se integrem à massa e imprimam suas formas ali. Além das flores, que funcionam linda e artisticamente mas não agregam sabor ao prato, « imprimi » também algumas folhas de manjericão cujo sabor explodiu na boca na hora da degustação. As variedades que escolhi foram malvavisco vermelha (Malvaviscus arboreus) e cunhã azul ou feijão borboleta (Clitoria ternatea), além das verdes folhas de manjericão. O ideal é recorrer à máquina para massa fresca para obter massas bem fininhas. Como a minha parou de funcionar no meio da brincadeira, terminei o processo com o rolo e também funcionou para selar as flores, mas não ficou tão fininho quanto poderia. De todo modo, ficou uma lindeza e uma delícia!
Depois de pronta a massa (passo a passo na « fotonovela » abaixo), levei ao cozimento em água fervente e salgada por 4 minutos, mas para massas mais finas 3 minutos são suficientes. Massa fresca cozinha mais ligeiro que massa seca, fiquem de olho para não perderem o ponto al dente. Para temperar meu talharim, aqueci um pouco de azeite de oliva onde refoguei muito rapidamente um pouco de semente fresca de coentro e 1 dente de alho pequeno (também sem gérmen). Desliguei o fogo e incorporei folhas de coentro e uma colher de nata, mas pode ser substituído por creme de leite fresco ou até o de caixinha. Uma pitada de noz moscada e é só melar o macarrão. Por cima, couve-flor cozida, folhas frescas de manjericão, uma chuvinha de parmesão ralado na hora e flores para decorar e devorar.








E se você curtiu essa brincadeira de « imprimir na comida », dá uma olhada nessa versão divertida e original de servir chips de batata e mandioquinha decorados com ervas frescas. Passeia pelo blog que tem muita coisa legal! 😉